31/01/2010
30/01/2010
29/01/2010
iExpectations
28/01/2010
American Boy vs British Girl
HCP
27/01/2010
Geração Morangos
"Cara leitora, estamos a criar uma geração de mariquinhas. Os nossos miúdos estão a crescer numa redoma pós-moderninha, longe das coisas mais simples. Há dias, uma menina dizia-me que os frangos vêm do supermercado. Ou seja, aquela criança não associa a galinha, que vê no galinheiro, à carne, que vê no prato. Deve achar que a comida vem de uma fábrica mágica onde o plástico inerte ganha a forma de bife suculento. Ontem, eu não conseguia entrar no meu bairro. Chovia uma carga que assustaria até Noé. Perante o dilúvio, os papás foram buscar os meninos ao liceu. A fila de carros era um espectáculo bíblico. Os meninos, claro, não podiam regressar a pé, porque não sabem o que é um chapéu-de-chuva (não deve fazer pendant com as camisas, ou assim), e porque não podem apanhar 'molhas', coitadinhos. No meu tempo, a malta apanhava violentas 'molhas'. Até era divertido: à chuva, elas ficavam mais permeáveis a beijos e afins.
Nos meus anos 80, a malta andava na rua, nos parques, nas matas, nos campos. Sabíamos o que era a terra, aquela coisa que está debaixo do alcatrão. A caminho da escola, descobríamos, e matávamos, a fauna local. Chegámos aos 10 anos com o vigor de uma tropa de assalto. Tínhamos, nas mãos, calos transmontanos. Tínhamos, no rosto, uma pele tisnada de alentejano. Tínhamos cicatrizes em todos os joelhos, os de baixo e os de cima (vulgo: cotovelos). Ora, tudo isto é ficção científica para a malta que nasceu nos anos 90. Os jovens de hoje não põem os pés na rua. Saltam da cama para o carro do papá. Do carro, saltam para a escola. À tarde, saltam do carro da mamã para a natação ou aulas de ballet. Nunca têm contacto com a rua. Não por acaso, estes miúdos têm medo de tudo o que está no exterior da sua redoma. Estamos a criar mariquinhas faraónicos, cara leitora. Mariquinhas que não sabem como é bom sacar um beijo à chuva.
Esta hiperprotecção dos jovens revela que a nossa sociedade entrou num triângulo das Bermudas familiar: os crianças mandam nos pais. Aliás, a criançada domina a sociedade. Como os cristãos na Roma de Nero, os adultos vivem na clandestinidade. A televisão é para adolescente ver. A sala de cinema é território juvenil. Na escola, o menino não tolera ser ensinado pelo professor. Em todo o lado, em qualquer lugar, o menino tem sempre razão, mesmo quando tenta bater no avô. Esta inversão da moral, sempre com o objectivo de manter o menino na Terra do Nunca, é algo profundamente perverso. E a consequência mais sinistra desta perversão social e moral é mesmo o abandono dos velhos. As famílias só têm olhos para as criancinhas, e acabam por desprezar os avós e bisavós das ditas criancinhas.
No domingo, enquanto pais e meninos passavam pela ressaca de ano novo, nove velhos morreram entre as dez da manhã e as dez da noite (só em Lisboa). Morreram devido à ressaca do abandono. Alguns suicidaram-se, porque já não suportavam a solidão. Cara leitora, nas traseiras da sociedade Peter Pan existe uma ruela escura, pestilenta e imoral: o abandono dos velhos. Os papás ficam a jogar jogos electrónicos com os meninos, e, depois, são incapazes de visitar os mais velhos. Perante isto, deixo-lhe aqui um repto, cara leitora: destrua a consola, castigue o seu marido, e, acima de tudo, deixe o puto ir para a rua, a ver se ele descobre o caminho para um beijo à Gene Kelly".
Texto publicado na edição do Expresso de 9 de Janeiro de 2010
DP
À Espera no Centeio
J.D. Salinger está entre os mais famosos ermitas da literatura contemporânea. A publicação em 1951 de The Catcher in the Rye (À Espera no Centeio) constitui um dos marcos da cultura literária norte-americana. Nele seguimos as aventuras de Holden Caulfield, um rapaz de boas famílias que, após ter sido expulso do seu colégio privado, decide deambular por Nova Iorque durante alguns dias antes de regressar a casa. Dotado de uma sensibilidade acima da média, Holden passa por situações para o qual não está preparado, sendo o livro, em certa medida, um "roteiro" de iniciação na vida adulta. Esta obra, por muitos considerada a que melhor retrata a ansiedade e o desespero juvenis, consagrou Salinger como um escritor de enorme talento. A narrativa na primeira pessoa, aliada ao perfil complexo do personagem central, tornam o livro bastante apelativo. Contudo, aquilo que dele ressalta é a forma brilhante como Salinger consegue projectar o turbilhão de emoções que se levantam durante a adolescência.
Em 1963 J.D. Salinger muda-se de Nova Iorque para Cornish (pequena vila no New Hampshire) dando início a uma nova vida, em reclusão. O seu último trabalho foi publicado em 1965. Desde então especula-se sobre a dimensão da obra póstuma que o escritor nos deixará, pois é certo que nunca parou de escrever. Talvez nunca saberemos o que levou o autor a esconder-se do Mundo, ou melhor ainda, dos "cretinos" que nele habitam. Eu acredito que a resposta encontra-se em The Catcher in the Rye. Tal como acredito que J.D. Salinger e Holden Caulfield são a mesma pessoa.
JP
26/01/2010
OS VELHOS NO CABARET MAXIME
OS VELHOS sexta-feira dia 5 de Fevereiro às 22h no Maxime. Para mais informações é favor dirigirem-se ao blog Amor Fúria.
Os Maiores.
24/01/2010
O Carpe, pelo Satorialist
JG
22/01/2010
Estou vivo! Obrigado.
Atentado contra a Portugalidade.
Feijoada Vegetariana, mas isto é possível?
Ingredientes:
2 dentes de alho
0,5 copo de azeite
300 grs de tofu
1 cebola
2 cenouras
0,5 chouriço vegetariano
0,5 couve
1 lata peq. de feijão preto
sal q.b.
salsa q.b.
2 tomates
0,5 copo de vinho tinto (opcional)
Depois de ter visto esta receita de feijoada tomei uma decisão, fazer um boicote a restaurantes de cozinha vegetariana. Fazer comida de brincar para meia dúzia de pessoas é uma coisa, mas agora brincar com a feijoada e torná-la amaricada isso não.
Só mais uma coisa, o vinho tinto é opcional, chouriço vegetariano????????
DP
19/01/2010
A Guerra, por Hollywood
A acção decorre ao longo dos 38 dias que restam até que James, Sanborn e Eldridge terminem a sua missão no Iraque. Estes 3 soldados formam uma equipa de Minas e Armadilhas do Exército Americano a operar na área de Bagdade, sendo a sua principal função a neutralização de explosivos improvisados (uma das principais causas de morte entre os soldados da Coligação). Até aqui, poderíamos pensar que o enredo se resumiria a uma espectacular sequência de desarme de bombas. Ora, estaríamos redondamente enganados. Neste filme, as personagens principais, mais do que soldados, são pessoas com personalidades distintas: o war junkie (James) que tem uma veia justiceira e estofo de herói, o soldado à beira de um esgotamento (Eldridge) e o soldado competente (Sanborn), que no fundo está tão assustado quanto os restantes. Os dramas e os fantasma estão todos lá: a desconfiança mútua entre soldados e civis, as saudades de casa e da família, a memória dos companheiros que morreram em combate. Convém realçar que esta guerra (a par com a do Afeganistão) é bastante diferente daquelas que marcaram o século XX. É mais difícil saber quem é o inimigo, combina-se mais tecnologia com menores contingentes, na busca incessante da operação "cirúrgica". A brutalidade, essa mantém-se imutável, tal como este filme demonstra. Sublinha-se, ainda, a inclusão de certas nuances da guerra do Iraque,entre quais perfilam as empresas privadas de segurança (autênticos exércitos) e a cobertura mediática (TV & Youtube) de que anseiam os terroristas e insurgentes, filmando, eles próprios, os atentados.
Quanto ao elenco, o destaque vai para Jeremy Renner que interpreta o viciado em guerra, Sargento William James. Renner tem aqui o seu 1º grande papel principal e não desilude, personificando um Bill Kilgore dos tempos modernos que, ao contrário deste último, zela genuinamente pela vida dos seus companheiros de armas.
Aqui fica o trailer,
JP
18/01/2010
A fazer lembrar uma qualquer noite quente de Verão, sentados num terraço, debaixo do céu estrelado algarvio.
"And when you're sitting on a balcony, on a clear night, sipping scotch with your best friend, 'now' is everything." Denny Crane
JG
17/01/2010
Jack Donaghy
Neste momento uma das séries televisivas que acompanho regularmente é 30 Rock. Esta série vencedora de cinco Globos de Ouro, conta no seu elenco com o actor Alec Baldwin (Jack Donaghy) que desempenha um dos papéis da sua vida.
Vejam este excerto:
DP
15/01/2010
Route 66 - parte II
14/01/2010
That´s it my dogs
Ora os Flight of the Conchords, que na minha opinião são os maiores!!,fazem stand-up e tem um programa de chancela da HBO, o que só por si mostra o nível destes senhores que pode ser visto no canal FX em Portugal, que aconselho vivamente.
Aqui fica a sua versão do que deveria ser uma musica do estilo gangster rap..
HCP
13/01/2010
Haiti ou Por quem os Sinos Dobram
JP
John Donne
Popular songs
12/01/2010
Os Supertramp do século XXI.
Na nossa opinião os Vampire Weekend são o caso de maior relevo na cena Indie actual.
No primeiro single deste último álbum “Cousins”, lançado no dia 17 de Novembro de 2009, podemos assistir a uma confusão organizada de sons, onde são audíveis as várias influências da banda que vão desde a música barroca até à música electrónica.
Podemos verificar isso mesmo de seguida, no divertido videoclip protagonizado por este quarteto norte americano.
Página Myspace: http://www.myspace.com/vampireweekend
DP
11/01/2010
My sweet Lord!, by George Harrison
JG
10/01/2010
"Route 66"
08/01/2010
Appletini
Sei também que o Appletini é uma daquelas bebidas que claramente são de mulher, assim como o famoso cosmopolitan, mas meus amigos, tornou-se o meu objectivo de vida e o meu maior desejo tornar o Appletini uma bebida cool para todo o homem de barba rija beber!!
Passo 1: passar a servir o Aplletini num copo alto de fino(copo de macho, claro esta)
Passo 2: mudar o nome à bebida, se é uma bebida de homem não pode ter um nome destes..terá de começar a chamar-se Destroyer
Passo 3: Vou ter de pedir ao General David Howell Petraeus, para começar a beber Destroyeres nas suas conferencias de imprensa, assim como ao nosso amigo Silvio de Itália, o Il Cavallieri, para começar a beber este doce néctar nas suas festas de beneficiencia(orgias com prostitutas de luxo).
estamos num bom caminho.. un Destroyer pour fabour!!
HCP
Os quatro Amigos!
Good night!
JG
07/01/2010
A não perder.
06/01/2010
O, my God!
Aqui fica o vídeo de Zero, o primeiro single extraído do álbum It's Blitz! (2009),
JP
02/01/2010
"Theme Songs"
1- Allo Allo
2-Cheers
3-Curb Your Enthusiasm
4-It's Always Sunny in Philadelphia
5-Entourage
DP