24/03/2014

Cheiro a Primavera...





Estes dias ainda podem ser chuvosos, mas já anda no ar um cheiro a Primavera, esta música dos Real Estate é uma prova disso. Vamos lá acordar pessoal, o calor a praia e os festivais de verão estão a chegar...ohhh yeaahhh.

16/07/2013

A cada geração o seu poeta

Um dos aspectos que sempre me impressionou na música dos Arctic Monkeys foi a qualidade das letras, fruto do génio de Alex Turner. O vocalista da banda de Sheffield, agora relocalizado em Los Angeles, insere-se numa linhagem de grandes letristas ingleses. Os anos '60 deram-nos John Lennon, Morrissey marcou os anos '80, Damon Albarn é uma "instituição" desde a década de 90. Neste ainda incipiente século XXI, temos Alex Turner como trovador oficioso. Não estamos nada mal servidos.
 
Fica aqui uma amostra daquilo que nos espera no próximo álbum dos Arctic Monkeys - "AM".
 

JP

13/06/2013

Santos Populares

Depois do meu amigo Jorge muito me ter chateado para postar os textos dele, aqui vai o primeiro. Espero que gostem da sua prosa fácil e cativante...





"Acho que nunca vi tanta gente na minha vida, e nem na televisão eu tinha visto.

Esta semana fui a Lisboa passar os santos populares. Fui daqui com o meu primo Hélio e com o meu amigo Marco Íris, que se não o trouxéssemos tinha ficado sozinho em casa a arrumar lenha na garagem e a limpar o jardim. Tínhamos combinado com uns amigos de Lisboa, mas eles não apareceram, e os telemóveis estavam desligados, se calhar estavam doentes.

Chegámos a Lisboa e fomos jantar mas estava tudo cheio e as pessoas riam-se quando nós dizíamos que não tínhamos mesa marcada. Mas houve um restaurante que foi porreiro e deu-nos papo secos e manteigas e cerveja e só tivemos de pagar 18 euros mais bebidas.

Eu depois não sei dizer onde é que andei porque só via gente e era tudo muito parecido. Depois a certa altura o meu primo parou para comprar umas ganzas, e quando olhámos para trás o Marco Íris já não estava atrás de nós. Ainda lhe ligámos mas as redes estavam todas ocupadas e quando ele conseguia falar não se ouvia nada por causa de umas gajas que me andavam a tentar beijar, umas delas até eram das marchas e só não facturei porque estavam mascaradas de Marquês de Pombal e metia-me um bocado de impressão, porque era como se fosse um homem. Uma delas até me tem andado a mandar mensagens e toques.

Mesmo sem o Marco Íris foi do caraças, bebi muita cerveja e tirei fotografias com malta amiga que depois um dia eu meto aqui, quando descarregar a máquina.

Isto lá para as sete da manhã, ali numa rolote de cachorros que acho que era em Alfama, tirei uma fotografia com umas miúdas e estávamos a ampliar a fotografia para ver se elas eram bonitas, e no fundo aparecia o Marco Íris a conversar com um mexicano que era um artista musical e dj do melhor do mundo. Fomos ter com ele e disse-nos que tinha tido a melhor noite da vida dele e que queria vir trabalhar para Lisboa e que já tinha conhecido pessoas que lhe davam emprego, casa, comida e dinheiro para os transportes.

Cheguei a casa e ainda não sei nada dele. Não veio connosco porque disse que tinha tido uma mudança de horizontes na vida. Mas eu acho que era só do vinho.

PS: Obrigadinho Susana por teres dito que arranjavas casa para nós os três e depois não teres dito mais nada. Assim se vêem os amigos, mas pronto. Vais longe na vida deixa estar".
 
 
DP

Sim, fomos apanhados pelo "hype". Não, não estamos preocupados com isso.



JP

10/06/2013

Aussie Export

A Austrália tem dado ao mundo autênticas preciosidades culturais. Nunca é de mais recordar o saudoso Heath Ledger, a Miranda Kerr, ou mesmo o programa MasterChef Austrália (de longe o melhor da série MasterChef). Do país do Crocodile Dundee também nos tem chegado boa música. Desde Nick Cave, passando pelos AC/DC, sem esquecer os extintos INXS. Recentemente, os Tame Impala têm ganho merecido destaque. A banda, formada em 2007, lançou no ano passado "Lonerism", o seu segundo álbum. Este autêntico festim de rock psicadélico cruza o melhor da música dos anos '70 amaciada com doses generosas de sonoridade pop. É um álbum estranho, até mesmo barroco. Ouvi-lo, de uma assentada só, é empreender uma viagem... intergaláctica, pois claro.

Fica aqui uma amostra:


JP

08/06/2013

Nofiodanavalha.com

O novo livro de Thomas Pynchon chega às livraria norte-americanas em Setembro. Entre nós, a encomenda terá que ser feita via Amazon ou sítios equivalentes. Pynchon regressa à costa Leste depois da excursão psicadélica por L.A. ("Vício Intrínseco"). Leva-nos precisamente a Manhattan, aquando do colapso do mercado "dot.com" e dos atentados terroristas de 11 de Setembro. Os fãs podem esperar por personagens memoráveis, humor negro em doses generosas e um enredo com tantas camadas quanto uma cebola. No final restam sempre mais perguntas que certezas. Não será este o traço distintivo das grandes obras literárias?

JP

07/06/2013

A Tempo e Horas

Foram 6 longos anos de espera pelo novo álbum dos Queens of the Stone Age. Desde 2007 que assistimos a um mundo em constante mudança, por vezes a uma velocidade estonteante. Sentimos a vertigem, nunca tão perto. Também na vida de Joshua Homme muita coisa mudou. Uma operação ao joelho quase "deu para o torto" em 2010. Homme esteve face a face com a morte e foi-lhe concedido mais tempo. "...Like Clockwork", título apropriado para um disco tão aguardado e que chega no momento certo. Nele temos uma reflexão sobre a mortalidade, a amizade, a fé... Sobre tudo o que importa na vida e que só começamos a valorizar quando nos encontramos em situações-limite, cujo exemplo paradigmático é a morte. Ouvimos, num trago, as 10 faixas que o compõem . Tivemos que o ouvir uma segunda vez. O veredicto é simples: estamos perante um álbum coeso, onde não há música para "encher chouriços", nem para se perder na espuma dos dias. Não faltam os riffs, nem a percussão certeira de 3 grandes bateristas (Castillo, Grohl e, mais recentemente, Jon Theodore). As letras têm uma profundidade nunca antes conseguida pela banda, a produção é irrepreensível . A participação de grandes nomes da música (Alex Turner, Elton John) pouco acrescenta a "...Like Clockwork", pois a música do quinteto fala por si. Ainda assim, é bom saber que o ex-baixista, ex-"loose cannon" da banda, Nick Oliveri (gravou algumas backing vocals), está em bons termos com Homme. Vamos ao ponto de afirmar que as faixas "I Sat by the Ocean", "If I Had a Tail" e "I Appear Missing" figuram entre as melhores que os QOTSA já criaram. Em suma, "...Like Clockwork" marca o regresso de uma grande banda e presenteia-nos com uma brilhante síntese de rock meets sexy and smart

Deixamos aqui uma amostra daquilo que uns quantos sortudos, a 20 de Julho (no SBSR), poderão apreciar ao vivo:


JP

06/06/2013

Parquelife





Chegar a casa numa sexta-feira depois de toda uma semana a trabalhar, preparar as coisas e arrancar para a cidade Invicta assistir à segunda edição do grande arraial da música rock, era mesmo disto do que estava a precisar. As expectativas para o concerto dos Blur e vêr Damon Albarn criador dos Gorillaz dos The God the Bad & the Queen e do projecto Dr Dee ao vivo, estavam algo elevadas. Mas o dia não era só de Blur, chegado ao parque da cidade  naquela tarde soalheira e sentado sobre a relva do anfiteatro natural do palco Optimus, ouvir boa música (Memória de Peixe) e ver muitas miúdas giras, que excelente fim de tarde e terapia contra a letargia dos tempos que vivemos. Estava curioso em relação aos Local Natives que estiveram bem e deram um bom concerto enquanto o sol desaparecia, e os Grizely Bears que estiveram irrepreensíveis, grande banda.

A hora B estava a chegar, e ao primeiro dia do mês de Junho pelas 1:30h entraram em palco, começaram com Boys and Girls, a casa quase que vinha abaixo foi hora e meia de concerto que passaram em 5 minutos, e no final aquele sorriso de orelha a orelha dizia tudo, era um daqueles momentos, um daqueles postais que se pudesse perpetuava para sempre, como li aqui e não escreveria melhor.. 

"Os melhores postais são aqueles que podemos guardar, na normalidade dum sorriso ou no silêncio dum abraço, junto às pessoas de que mais gostamos; pequenos e simples momentos quase indescritíveis mas que vivem duma forma muito própria e violenta, e ao mesmo tempo muito interior, sobre todas as outras coisas, com um valor que nem as palavras se podem atrever a tentar falar. E isso é tudo o que precisamos de saber, e de dizer, sobre os mesmos, com o calor que temos aqui dentro."


DP

30/05/2013

Follow Us, Follow Life!

Um projecto de voluntariado que vos convido a seguir..

É mais que um conceito. É a vida num momento! É vontade e bondade. É acreditar numa causa. É dar e partilhar. São valores éticos e morais. É apreciar a diversidade cultural. É o respeito pela diferença. Amor pelo semelhante. É viver experiências únicas. É voluntariado! É semear o sorriso!

Não é sobre lazer e ócio. É ter coragem de partir e deixar tudo para trás. É cortar com a monotonia! É prescindir da zona de conforto e segurança. É atitude e risco. É viver com intensidade. São sonhos à escala do valor da vida! É ter sonhos e dar-lhe forma.  
É viver despido!

Faz parte. Segue-nos!

https://www.facebook.com/FollowUsFollowLife?ref=ts&fref=ts




DP

03/12/2012

À chuva e ao regresso


O interregno acabou. O primeiro passo é sempre o mais difícil. Os Coronas, andam aí e de boa saúde. Leram-se bons livros, viram-se bons filmes e a música esteve sempre presente nos tempos mais mortos.
À chuva e ao Regresso.


JG

Gostava...


  • Gostava de ter presenciado concertos de John Coltrane e Miles Davis em clubes nocturnos e cheios de fumo de Nova Iorque em meados do século passado;
  • Gostava de ter passeado nas ruas de Paris dos anos 1910 e 1920;
  • Gostava de ter ouvido ao vivo Maria Callas cantar a “Carmen” de Bizet
  • Gostava ter assistido ao último concerto dos LCD Soundsystem;
  • Gostava ter assistido ao concerto de Carlos Santana no festival de Woodstock (1969);
  • Gostava de ter visto pintar in loco, Salvador Dalí, Jackson Pollock e Pablo Picaso;
  • Gostava de ter tomado um copo de absinto na companhia de Fernando Pessoa na Lisboa dos anos de 1920, e de ter assistido às festas de San Fermin com Ernest Hemingway;
  • Gostava de ter tomado café com, Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn, Maureen O`Hara e Sofia Loren;
  • Gostava de ter ido a uma das famosas festas de Charlie Sheen;
  • Gostava…

DP

This Charmimg Morrissey.




11/04/2012

Shame - Vergonha

Sobre Nova Iorque, sobre os instintos, sobre o trabalho, sobre as relações. Shame é um filme desavergonhado e muito estranho. Bom, mas estranho. Nas primeiras cenas prevê-se um filme sem pudor e sem medo de mostrar como as coisas são. Depois temos uma Nova Iorque diferente do convencional (sem contar com a Last Night, com a Keira Knightley e Guillaume Canet - uma cidade mais calma, com uma estória mais calma, um filme sobre o amor). Temos um homem que responde aos desejos transformados em necessidades, sem pensar -nele e nos outros e sem sentir qualquer sentimento agarrado a isso. Isto tudo enquanto ouve música clássica. No fim temos um filme “cru” e até mesmo frio.

JoãoG

22/03/2012

Sobre a Arte

“Muita da arte contemporânea assenta numa enorme estrutura discursiva, sem a qual ela pura e simplesmente viria abaixo e se tornaria indistinguível de um monte de lixo.”

“A vida em surdina” (Asa, 2009), David Lodge



De uma maneira geral, a dita arte contemporânea, (à excepção de alguns trabalhos de grande mérito) é um saco sem fundo onde oportunisticamente se enfia tudo, desde aquilo que tem valor até àquilo que de merda pouco passa.


David Pinheiro

10/03/2012

Para ouvir no fim-de-semana

no carro de janelas abertas ao pôr-do-sol (que clichê, meus Deus) e cantar bem alto... É aproveitar este sol e o calor das tardes de Março -esse belo mês- para fazer lembrar o Verão.




JoãoG

23/02/2012

À graciosidade

Quem já viu algum filme em que aparece a Audrey Hepburn, não pode ficar indiferente à sua beleza. Estamos a falar de uma das actrizes mais bonitas e elegantes do cinema. A sua graciosidade é tanta que mesmo em cima de uma vespa, ou num parapeito de uma janela enquanto toca guitarra dá-lhe uma graça distinta.
No Breakfast at Tiffany's, na cena em que a ouvimos a falar português é deliciosa, diria mesmo puro orgulho.
Sim, tenho uma paixão arrebatadora pela Audrey Hepburn.


JoãoG

21/02/2012

Mexefest Porto


Concertos que não quero perder no Vodafone Mexefest de 2 a 3 de Março [Porto].

  • Best Youth

Sala Super Bock Super Rock - Maus Hábitos · 02 Mar · 21h40m

  • Josh Rouse

Teatro Sá da Bandeira · 03 Mar · 21h30m

FNAC Sta Catarina · 02 Mar · 16h30m

  • King Krule

Garagem Vodafone FM · 02 Mar · 00h10m

  • Norberto Lobo

Cinema Passos Manuel · 02 Mar · 21h45m

  • Salto

Cinema Passos Manuel · 02 Mar · 23h30m

  • St. Vincent

Coliseu do Porto · 02 Mar · 00h30m
  • Supernada

Teatro Sá da Bandeira · 02 Mar · 01h30m

  • The Glockenwise

Garagem Vodafone FM · 03 Mar · 20h50m

  • Twin Shadow

Coliseu do Porto · 03 Mar · 00h00m

David Pinheiro

Filmes Simpáticos


Chamar a um filme – ou a um disco ou a um livro ou a coisa que o valha – “simpático” é passar-lhe um atestado de insignificância. Tal como chamar-lhe “competente” ou “bem feito”. “Simpático” não é nada. E é tanto pior porque parece um elogio mas não passa de um insulto velado, sem a atenuante do tom irónico com que boa parte desse maravilhoso e utilíssimo subgénero do insulto é habitualmente verbalizada. Adjectiva-se honestamente um filme de “simpático” porque não se tem nada de substancialmente positivo ou negativo para dizer dele. O filme “simpático” é, portanto, o filme que não nos fere – no bom sentido – de forma alguma; limitamo-nos a sentar-nos (ou a ficar de pé, ou deitado, conforme a inclinação posicional de cada um), consumi-lo pensando ocasionalmente num “ai que bonitinho e bem feitinho” e noutras coisas acabadas em inho, e depois esquecê-lo imediatamente e para sempre.

Este senhor, faz tudo menos filmes acabados em inho. Vamos ver como lhe vão correr os Oscares.

David Pinheiro