28/12/2011

O ano em revista

Julgo que neste ano a minha geração (os nascidos no final da década de 80) apercebeu-se que o período de relativo bem-estar económico, vivido até há poucos anos atrás, está a esfumar-se rapidamente. Sem cair em profecias catastróficas, dei por mim a pensar sobre as consequências do fim da moeda única, do regresso ao escudo, da capacidade do país em reduzir a despesa do Estado, reduzir o défice, pagar a dívida e fazer crescer a economia. Deste pensamento até à tomada de consciência de que devia ler mais sobre isto foi só um passo. A verdade é que somos inundados por teses e cenários todos os dias. Em cada português parece existir uma costela de opinion maker, o que dificulta a tarefa de quem quer separar o trigo do joio, isto é, de quem quer pôr ambas as mãos à volta de informação fidedigna.

O que me vai ajudando a manter os pés no chão são as preocupações ao nível comunitário, sem cair no bairrismo. Talvez seja esta - a preocupação com o vizinho, o nosso próximo.
- uma parte da solução para alguns problemas da nossa sociedade.

Entretanto fui tentando ler bons livros, ver bons filme e ouvir música. Não, estes não são instrumentos de alheamento, face aos acontecimentos difíceis que temos vivido. Pelo contrário, a cultura também nos ajuda a sermos mais humanos.

JP

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