Texto do professor Júlio Machado Vaz.
Para lá da morte do ruído e antes do silêncio da morte há um bar. O empregado é mudo, evidentemente. A máquina de discos está avariada e a banda rock não apareceu porque a carrinha teve um furo. (Os copos não tilintam por mera delicadeza...). Como vês, trata-se do lugar perfeito. Bebe um trago, esgota a exaustão e pensa. Depois decide se recuas ou vais em frente, mas não percas demasiado tempo - a diferença não é assim tão grande, acredita. Lança a moeda ao ar, se preferes acreditar em sorte ou acaso. Mas não a deixes cair!, perdoo tudo menos o mais raquítico dos barulhos. Shhh..., incluindo o das palavras, sacana mentiroso e inútil, faltam-lhe demasiadas cores na paleta para aflorar o sentimento.
DP
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