Os meses de Setembro e Outubro são por tradição os mais importantes no que toca a lançamentos literários. Apraz-me dizer que a reentré literária de 2010 é das melhores a que já assisti. Entre as novidades, o meu enfoque vai para uma aposta da editora D. Quixote.
Da chancela do grupo literário Leya (aka "Random House lusa"), destaco a reedição de Correcções, a obra-prima de Jonhatan Franzen, vencedor do National Book Award de 2001.
O livro de Franzen serve como aperitivo para a nova sensação literária que varre os EUA (ver aqui) e que será editada em Portugal na Primavera de 2011. Correcções retrata a vida na América durante os últimos anos do século XX, sublinhando as implicações da Internet, da cultura pop e do mundo globalizado (entre outras modernidades) na vida de uma família que tenta a todo custo funcionar como uma família. Pelo que já li, Freedom, a mais recente obra de Franzen, é sobre a vida na América durante os primeiros anos do século XXI, sublinhando as implicações de tudo o que foi citado no livro anterior mas juntando-lhe novos elementos - as alterações climáticas, o mundo pós 11 de Setembro e... o Facebook. Brincadeiras à parte, parece-me que o autor tem um olhar clínico sobre a contemporaneidade, oferecendo ao leitor um reflexo fidedigno sobre os tempos em que vivemos. Tempos estes em que uma pessoa pode ver em sequência, e no Youtube, as notícias de um atentado em Bagdad e o novo vídeoclip da Lady Gaga.
Concluindo, Franzen perpétua a tradição do Great American Novel, sem medo de nos demonstrar o quão esmagadora a vida se tornou.
JP
Da chancela do grupo literário Leya (aka "Random House lusa"), destaco a reedição de Correcções, a obra-prima de Jonhatan Franzen, vencedor do National Book Award de 2001.
O livro de Franzen serve como aperitivo para a nova sensação literária que varre os EUA (ver aqui) e que será editada em Portugal na Primavera de 2011. Correcções retrata a vida na América durante os últimos anos do século XX, sublinhando as implicações da Internet, da cultura pop e do mundo globalizado (entre outras modernidades) na vida de uma família que tenta a todo custo funcionar como uma família. Pelo que já li, Freedom, a mais recente obra de Franzen, é sobre a vida na América durante os primeiros anos do século XXI, sublinhando as implicações de tudo o que foi citado no livro anterior mas juntando-lhe novos elementos - as alterações climáticas, o mundo pós 11 de Setembro e... o Facebook. Brincadeiras à parte, parece-me que o autor tem um olhar clínico sobre a contemporaneidade, oferecendo ao leitor um reflexo fidedigno sobre os tempos em que vivemos. Tempos estes em que uma pessoa pode ver em sequência, e no Youtube, as notícias de um atentado em Bagdad e o novo vídeoclip da Lady Gaga.
Concluindo, Franzen perpétua a tradição do Great American Novel, sem medo de nos demonstrar o quão esmagadora a vida se tornou.
JP
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